Passo 1 – Os problemas filosóficos
O desconhecimento do que seja um problema filosófico é o principal fator da dificuldade de se entender um texto filosófico. É inútil começar lendo um texto avançado — que tenta resolver algum problema determinado — se não soubermos exatamente o que está sendo discutido. Nesse estágio, o que temos de fazer é recorrer aos livros introdutórios.
a. Introduções gerais
- Breve Introdução à Filosofia, de Thomas Nagel
- Problemas da Filosofia, de James Rachels
- Pense, de Simon Blackburn
- Elementos Básicos de Filosofia, de Nigel Warburton
- Os Problemas da Filosofia, de Bertrand Russell
b. Introduções temáticas
- Elementos de Filosofia Moral, de James Rachels
- Enigmas da Existência, de Ted Sider e Earl Conee
- Introdução à Filosofia Política, de Jonathan Wolff
- Epistemology, de Richard Feldman
- Filosofia da Ciência Natural, de Carl Hempel
- Introdução à Estética, de George Dickie
- Introdução à Filosofia da Religião, de William Rowe
Passo 2 – As ferramentas do ofício
Não há como compreender um problema filosófico sem ao mesmo tempo se dar conta da natureza argumentativa da filosofia. Oferecer uma resposta, ou mesmo analisar um problema filosófico, é uma atividade essencialmente argumentativa. E muito embora tenhamos uma noção intuitiva de argumentação, é preciso mais que isso para acompanhar plenamente um argumento filosófico. Temos de aprender o funcionamento dos argumentos. Como leitores, temos de ser capazes de avaliar os argumentos; e como autores, temos de ser capazes de construir bons argumentos. Temos agora de recorrer aos livros introdutórios de lógica.
a. Lógica informal
- Lógica Informal, de Douglas Walton
- Pensamento Crítico de A a Z, de Nigel Warburton
- Pensamento Crítico, de Richard Epstein e Walter Carnielli
b. Lógica formal básica
- Lógica, de Wesley Salmon
- Introdução à lógica, de Irvin Copi
- Introdução à lógica, de Cézar Mortari
- Introdução à lógica, de Newton-Smith
- Lógica, de Abílio Rodrigues
O material contido nas indicações acima cobre razoavelmente o nível básico da lógica necessária para começar a se fazer filosofia profissionalmente. Haverá discussões em que não precisaremos mais do que a lógica básica; porém, há discussões mais técnicas e avançadas em que um nível intermediário ou avançado serão exigidos. Das indicações acima, o livro do Mortari é o que melhor prepará o aluno para o estudo mais avançado da lógica.
c. Métodos formais
- Philosophical Devices, de David Papineau
- More Precisely, de Eric Steinhart
Algumas discussões filosóficas dependem da compreensão de noções matemáticas básicas como de teoria dos conjuntos, probabilidade, etc. As duas indicações acima são ótimos lugares para se começar.
d. Escrita
- A Construção do Argumento, de Anthony Weston
- Ensaio Filosófico, de A. P. Martinich
Não basta a um filósofo apenas ser capaz de avaliar e construir argumentos (técnicos ou não); a boa escrita é fundamental.
Passo 3 – As fontes de pesquisa
Uma vez que nos tornemos capazes de participar de discussões filosóficas sérias, precisamos nos manter atualizados das discussões que nos interessam. As boas introduções nos oferecerão a bibliografia primária (os textos dos filósofos que apresentaram originalmente os argumentos e as discussões) e alguma bibliografia secundária (comentários, outras introduções, etc.).
a. Dicionários
- Dicionário Oxford de Filosofia, de Simon Blackburn
- Dicionário Cambridge de Filosofia
- Dicionário de Filosofia, org. Thomas Mautner
- Dicionário Escolar de Filosofia, org. Aires Almeida
b. Enciclopédias e Compêndios
- Stanford Encyclopedia of Philosophy
- Internet Encyclopedia of Philosophy
- Compêndio em Linha
- Enciclopédia de Termos Lógico-Filosóficos, org. D. Murcho, João Branquinho e Nelson Gomes.
c. Índex
- Philpapers
- The Philosophy Paperboys
d. Pirataria
- Libgen
- Sic-hub
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